Diferença entre Baixo e Contrabaixo
O baixo é um instrumento melódico que se destaca pela sonoridade mais grave. Os leigos, quando o identificam como uma ?guitarra de quatro cordas?, desconhecem sua longa história, mas sentem a diferença quando ele está ausente.
A black-music, o soul e até o rock'n roll devem muito à evolução do contrabaixo elétrico, que é responsável pela marcação do tempo rítmico, pontuando passagens de forma tímida e macia.
A black-music, o soul e até o rock'n roll devem muito à evolução do contrabaixo elétrico, que é responsável pela marcação do tempo rítmico, pontuando passagens de forma tímida e macia.
O contrabaixo elétrico, com seu formato leve e portátil, foi a solução encontrada para substituir o ?gigante? baixo acústico, cuja história se inicia na Idade Média. Na metade do século XV, houve uma crescente valorização dos sons graves, o que fez os músicos buscarem instrumentos que produzissem esse tipo de som. O instrumento adotado foi o violine, que passou a ser chamado de viola contrabaixo, no início do século XVII e, de apenas contrabaixo, na metade do mesmo século.
Porém, a popularização do contrabaixo acústico ocorreu apenas no final do século XIX, principalmente com o jazz, quando passa a ser tocado com os dedos e não com arcos, como era feito até então.
O contrabaixo acústico incomodava muitos músicos por conta do seu tamanho e por sua baixa sonoridade. Mas, até o início da década de 50, o formato vertical, grande e de madeira prevaleceu enquanto alguns protótipos do baixo elétrico eram desenvolvidos.
O marco dessa mudança foi o lançamento do contrabaixo elétrico Fender Precision, desenvolvido em 1951 pelo norte-americano Leo Fender. O instrumento incorporava trastes e dava a solução para a amplificação do som de que necessitava o baixo acústico.
Nos anos seguintes, outros modelos de baixo elétrico foram lançados, mas o instrumento ganhou mais relevância só a partir da década de 70, se tornando imprescindível para o crescimento da disco music, assim como do rock progressivo, do jazz fusion, do latin rock, do heavy metal, do punk, do reggae, do funk e da soul music.
Atualmente, o baixo acústico ainda é relevante nas bandas tradicionais de jazz e blues. Um exemplo é a jazzista do momento Esperança Spaldin e seu inseparável instrumento. Em relação ao contrabaixo elétrico, devemos sua popularidade a baixistas como Paul McCartney, Stanley Clarke e Jaco Pastorius.
No Brasil, o baixo elétrico foi substituindo o baixo acústico a partir da década de 60. Depois de uma certa resistência, ele foi aceito e muito bem usado nos festivais da TV Record e nos movimentos musicais como Tropicália, Jovem Guarda e Bossa Nova.
O contrabaixo elétrico é perfeito para:
O baixo é um dos instrumentos musicais mais importantes da música contemporânea em seus diferentes estilos. Ele pode ser usado no rock ou no axé, na soul music ou no forró. Nos ritmos brasileiros, o baixo se junta à percussão para dar o tom grave e fazer a marcação e balanço da música.
O baixo elétrico também proporciona diferentes performances, já que pode ser mais melódico, ao estilo Paul McCartney, ou no modo fretless (sem trastes), como era usado pelos baixistas Pino Palladino e Jaco Pastorius.
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